Estampas críticas atraem universitários da UFS

domingo, 31 de maio de 2009 |

Luciano Bueno, responsável pela estamparia das camisas

Frases, desenhos, mensagens que representam um olhar crítico sobre o mundo ocidental. Seja refletindo em torno de temas como a hegemonia norte-americana, ou a grande mídia brasileira (a Globo), seja no contra ataque a homofobia ou a política dominante. É desta forma que as camisas confeccionadas e vendidas pelos paranaenses Luciano Bueno, 33, e Hugo Kitanishi, 27, conquistam a atenção e o gosto de quem passa pelos corredores da Universidade Federal de Sergipe(UFS).

As camisas confeccionadas a partir de técnicas como estêncil, serigrafia ou tie-dye há algum tempo caíram no gosto de jovens que transmitem no que vestem seu olhar sobre o mundo. A moda alternativa, que ganhou as passarelas da UFS, nas últimas três semanas, vem ganhando a atenção dos universitários que se identificam com os temas sejam pelo teor crítico, seja pelo simples modismo.

“Sinceramente eu já vi muito disso, mais ainda assim é legal. São frases de caráter irônico, que servem para atingir ‘o povo’ pensante da universidade” declara Danilo Ribeiro, 9º período de psicologia.

Para Hugo e Luciano, as camisas representam também a forma como eles conseguem sustentar a experiência de viajar pelo Brasil . Formados em Jornalismo e Serviço Social, respectivamente, em novembro do ano passado, os amigos resolveram sair de Londrina no Paraná, para conhecer a diversidade cultural do país. Começaram pelo Nordeste, desembarcando em Sergipe há cerca de três semanas. “É a primeira vez que estamos aqui em Aracaju. Procuramos expor nosso trabalho principalmente em universidades e encontros políticos ou estudantis. A idéia é trabalhar com o universo crítico político,” explica Hugo.

Segundo Luciano as camisas buscam trazer estampas de crítica político-social. “Usamos os símbolos, para refletir sobre o significado de cada coisa. Propomos uma contra opinião às idéias dominantes pertencente às elites. E o que mais nos surpreendeu aqui na UFS foi a grande aceitação do público, até de cursos de ciências exatas ou direito, por exemplo, que geralmente não possuem tanta identificação com estas idéias”, comenta. “É muito interessante a relação com o público consumidor da UFS, porque acho que não haveria tamanha identificação numa universidade particular,” descreve Priscila Mendonça, estudante de psicologia da UFS.

As camisas possuem o preço único de R$ 15,00 cada, independente da estampa ou técnica usada em sua confecção. As estampas mais vendidas trazem mensagens de crítica a Rede Globo de Televisão,ou gravuras do artista inglês Banksy. As peças que rendem aos amigos paranaenses um faturamento mensal de R$ 700,00 em média, poderão ser vistas pela UFS até Junho.

Por Fernanda Carvalho (texto e foto)

Em 3 meses Twitter triplica número de usuários

quarta-feira, 27 de maio de 2009 |

Segundo recente pesquisa realizada pela consultoria americana comScore desde fevereiro o site Twitter triplicou o número de usuários. De 10 milhões, chegou a 19 em março. Foi quando ultrapassou a página do New York Times. Agora saltaram para 32. Um aumento total de mais de 300%.

O microblog, como ficou conhecida sua plataforma, entrou no ar em Agosto de 2006 e desde então só tem crescido. Sua proposta é simples. Em 140 caracteres - mesmo número de uma mensagem de celular (SMS) - o usuário deve responder a pergunta “o que você está fazendo (what are you doing)?”. É possível escolher quais pessoas acompanhar e então ver cada de suas micropostagens. Assim como as suas podem também ser acompanhadas.

“Nos primeiros dias, achei de uma idiotice sem fim e não conseguia escrever nada que fosse relevante em apenas 140 caracteres”, nos contou a editora da Revista Conhecimento Prático - Literatura, Nadiajda Ferreira. “Com o tempo e o costume, passei a achar divertido e até mesmo um exercício de síntese, já que às vezes é difícil passar uma idéia completa num texto tão pequeno”, completa.

Ao contrário do que se possa pensar, o uso voyerista no Twitter não é maioria. Simone Brasil Pereira, estudante de psicologia da Universidade Salvador, diz não se preocupar com invasão de privacidade no site. “Nele você só escreve o que quer e a própria diagramação do site não permite expor muita coisa sobre a pessoa”, afirma. Acrescenta que “não expõe como no Orkut, onde que há fotos, depoimentos, etc. e qualquer invasão de privacidade será consentida - e pode ser evitada, porque existem ferramentas pra isso”.

“Uma coisa engraçada no site é que o intuito primeiro dele é exibir o que seus usuários estão fazendo, mas quase ninguém posta isso”, diz Nadajda. No entanto, “elas postam o que estão sentindo, como acordaram, uma idéia que tiveram, um insight engraçado, uma notícia que acabou de vazar na Internet, mas raramente dizem o que estão fazendo”, afirma. A ferramenta tem sido usada, inclusive, por canais de notícias, jornalistas, professores e até políticos, veja no vídeo a seguir uma matéria feita pelo Portal IG:



Com os diversos usos que a plataforma possibilita a expectativa é que a rede de microblogs continue em crescimento. A adesão ao Twitter por outras mídias, como o jornalismo da Band, a revista Super Interessante e o portal G1, por exemplo, deve popularizar ainda mais o serviço. Nesse ritmo de crescimento, estima-se que o Twitter chegue aos 100 milhões de usuários até o fim deste ano.

Por Iuri Max

Jorge Vercillo apresenta show em Aracaju

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O cantor e compositor Jorge Vercillo, conhecido pelos hits Monalisa, Homem Aranha e Que Nem Maré, traz para Aracaju o show "Trem da Minha Vida". Segundo o site Aracaju.com, a apresentação única, está marcada para o dia 10 de Junho, no Teatro Tobias Barreto às 21h.

O show, homônimo do mais recente DVD do artista, traz músicas como "Ela une todas as coisas", gravado no ano passado, em parceria com Jota Maranhão, e que concorreu ao Grammy Latino 2008.

Vercillo já recebeu vários prêmios importantes pelo seu trabalho, como o Prêmio Tim de Melhor Cantor, na categoria Voto Popular em 2006 e 2007. O valor dos ingressos, ainda não foi divulgado.

Por Fernanda Carvalho

Ano I-Nº 1: A futilidade do ser

segunda-feira, 25 de maio de 2009 |

O argumento da futilidade é o caminho mais fácil quando se fala sobre música, moda e comportamento.

Novos blogs nascem e morrem todos os dias. Bons, ruins, que nunca recebem postagens ou que são atualizados minuto após minuto. O que motiva então o surgimento de um novo blog, ou melhor, um novo blog sobre música, moda e comportamento? Futilidade? Eis um caminho.

Há, no entanto, um caminho menos óbvio, e mais interessante. O que é a moda e a música em nossa sociedade? Há quem possa viver sem elas? Comportamento então, não há quem esteja livre dele. Todos se comportam de uma forma ou de outra. Convencional ou radical.

Parece complicado falar sobre três temas diferentes em um mesmo espaço, muitas vezes realmente é. Mas, quando levamos em conta que os temas estão unidos por um elo comum, que é a produção feita pelo homem, fica mais fácil entender nossa linha editorial.

A música, a moda e em particular o comportamento nunca são isentos, sempre há uma intenção, seja ela política, ideológica ou comercial. Enfrentamos assim um desafio: noticiar e ao mesmo tempo interpretar as raízes e bases dos fatos, estejam elas cravadas no passado ou em movimentos passageiros.

Não desejamos inventar a roda, mas usá-la. Dessa forma esse meio noticioso tem uma única pretensão: falar sobre esses temas de forma interessante e inteligente, afinal os leitores merecem isso. Se a beleza está nos olhos de quem vê, a futilidade não está no tema, mas sim no ser.

Por Michel Oliveira (texto e foto)